Sobre Amada, Marielle Franco e George Floyd: O conceito de fabulação crítica em Saidya Hartman

Gustavo Diniz
13 min readAug 17, 2021

--

(A permanência das estruturas, de Rosana Paulino, em exposição no MASP. Foto: Acervo pessoal)

Na obra de de Rosana Paulino, “A permanência das estruturas”, observa-se centralizado acima a foto de um homem brasileiro escravizado, tirada por Auguste Stahl, logo abaixo uma foto reprodução de “Planos e seções do navio negreiro”, de James Philip. Nos dois extremos há um cartaz que reproduz o título da obra em vermelho sangue. Centralizado abaixo, um quadro de animais selvagens; à esquerda (da foto) um crânio, numa alusão à craniometria, pseudociência que avaliava a potencialidade das raças a partir do tamanho do crânio. Esta imagem se repete à direita, mas agora acima do que seria um recorte das pernas do escravizado destacado anteriormente. À esquerda, na parte superior, observa-se o tronco desse escravizado.

A obra de Paulino traz através das imagens uma série de questões que são históricas na formação dos países que conviveram com a escravidão. Como a eugenia representada pelas fotos do crânio, os navios negreiros nos quais milhões de africanos foram roubados de suas terras, tiveram suas culturas, suas religiões usurpadas e foram jogados em um novo lugar para serem escravizados. Entretanto, um aspecto em especial chama atenção. Na foto centralizada apresentando o escravizado de costas e de perfil, há um recorte no que seria sua representação de frente. Há uma ênfase em partes do seu corpo que seriam mais “úteis” para os senhores de escravo, braços e pernas.

Mas seu rosto não saberemos, exceto pelo pouco que sabemos do perfil. Nesse sentido, caso fosse feito um exercício parecido com o de Saidiya Hartman, em Vênus em dois atos, de recontar a história desse homem apenas pelo reexame do arquivo, o que poderia ser dito sobre ele? A obra de Rosana Paulino, com tantas informações, parece dizer muito através do que falta. Sabe-se apenas que ele foi um homem negro escravizado, caracterizado especialmente pelo modo como esse registro é apresentado, valorizando seus membro que seriam úteis aos senhores de escravos e deixando de lado informações que lhe dariam identidade e humanização, como seu nome, seu rosto, a cor de seus olhos, sua boca ou seu nariz.

Em um exame semelhante, Hartman tinha apenas o nome de uma mulher escravizada, Vênus, e algumas constatações acerca do julgamento pelo qual passou o comandante do navio em que ela estava, o que foi suficiente para que ela pudesse desencadear uma série de questionamentos, não só a respeito da forma como se constroem narrativas sobre a escravidão e os escravizados, mas especialmente como e por que contar essas histórias, a que chamou de fabulação crítica. O conceito pode ser utilizado para o exame e construção científica da História, mas também para pensar os modos de narrar e de se construir outros tipos de narrativas, ficcionais inclusive.

Se não é possível desfazer a violência que inaugura o escasso registro da vida de uma garota ou remediar seu anonimato com um nome ou traduzir a fala da mercadoria, então com que finalidade contamos tais histórias? Como e por que escrevemos uma História de violência? Por que revisitar o acontecimento ou o não-acontecimento da morte de uma garota?

Um questionamento parecido motivou a escritora Toni Morrison a escrever Amada. O romance, que segue a história de uma família recém fugida da escravidão, acompanha a vida de Sethe, a mãe, Denver, a filha, Baby Suggs, a sogra morta, mas que parece fazer-se presente mesmo e especialmente pela ausência, e Paul D., um conhecido de Sethe, que logo se torna um amante. O romance, é inspirado na vida de Margaret Garner, uma mulher escravizada que, no desespero para que seus filhos não sejam também escravizados no futuro, matou três deles, dois com uma pá, o terceiro degolando sua garganta. O quarto, não conseguiu.

Morrison ficou sabendo da história através de um registro que encontrou em um jornal. As informações acerca de quem seria de fato Garner e a filha morta, derivam de uma série de construções narrativas, contadas por quem detinha o monopólio da História, homens brancos, em sua maioria detentores de escravos. Morrison, portanto, motivada por dois questionamentos, (1) por que a sogra ficou tão relutante em condenar o infanticídio e (2) a serenidade de Garner ao relatar o ocorrido, permite-se fabular acerca da história, criando um romance intrigante.

Para Morrison, a única que poderia de fato condenar, ou deixar de condenar o infanticídio seria a menina morta, a quem chamou no romance de Amada. Nesse sentido, a autora pega para si uma história de violência e se permite dar vida às personagens, dando-as sentimentos, inclusive entregando à Garner uma certa possibilidade de redenção, o que, entretanto, não acontece. O fato é, ao escrever esta história, Morrison parece apropriar-se do que diz Hartman:

(…) as histórias que existem não são sobre elas [as garotas], mas sobre a violência, o excesso, a falsidade e a razão que se apoderaram de suas vidas, transformaram-nas em mercadorias e cadáveres e identificaram-nas com nomes lançados como insultos e piadas grosseiras. O arquivo, nesse caso, é uma sentença de morte, um túmulo, uma exibição do corpo violado, um inventário de propriedade, um tratado médico sobre a gonorréia, umas poucas linhas sobre a vida de uma prostituta, um asterisco na grande narrativa da História.

O questionamento suscitado nesse caso gira em torno de saber o que leva uma mãe a matar seus próprios filhos para não entregá-los à escravidão. Foi um ato de misericórdia ou de crueldade? Foi um ato de humanidade ou desumanidade? A avaliação perpassa pela construção do Humanismo.

Em seu trabalho sobre o Afropessimismo, Frank Wilderson III questiona o conceito de Humano. Para o crítico:

Uma agenda negra radical é apavorante para a maior parte das pessoas à esquerda — pense em Bernie Sanders — porque emana de uma condição de sofrimento para a qual não existe estratégia imaginável de reparação — nenhuma narrativa de redenção social, política ou nacional. Essa crise, não, essa catástrofe, essa percepção de que sou um ser autoconsciente que não pode usar palavras como ‘ser’ ou ‘pessoa’ para se descrever sem usar aspas e sem que as sobrancelhas das pessoas ao redor ameacem se erguer, foi paralisante.

Diante dessa afirmação é legítimo questionar se Margaret Garner, ou Sethe na representação de Morrison, é de fato uma Humana? Estaria ela, nesse sentido, livrando os filhos mortos da desumanização? São questionamentos fundamentais para definir se o ato de matar os filhos foi misericordioso ou cruel, respostas que são alvo de intensos debates. Para Wilderson III, a construção do Humanismo perpassa por uma diferença fundamental, a de não ser negro. Como no exemplo de sua própria vida em que descobre que o sofrimento negro tem características específicas e ainda mais violentas de outras opressões, qualquer narrativa que vise dar à Garner uma espécie de redençãoperpassa por questionar o modo como ela será tratada pela construção da História, se como Humana ou não. Nesse caso a resposta parece óbvia.

Morrison reconstrói a vida de Garner sem uma linearidade narrativa — como ocorre com a própria História dos afro-americanos. O leitor é jogado direto no enredo, no relacionamento entre Seth e Denver que tentam construir laços de maternidade, na aceitação da sogra que apesar de morta está tão presente e na chegada de Paul D. É importante nesse caso atentar-se à essa tentativa de construção de afeto. Sendo todos ali ex-escravos todas as suas relações são quase sempre construídas através da possibilidade de perda. Se são tratados como um objeto que pode ser vendido, mutilado e morto, sua construção afetiva parece estar sempre preparada para deixar de amar.

Todo mundo que Baby Suggs conhecia, sem falar dos que amou, tinha fugido ou sido enforcado, tinha sido alugado, emprestado, comprado, trazido de volta, preso, hipotecado, ganhado, roubado ou tomado. Então, os oito filhos de Baby eram de seis pais. O que ela chamava de maldade da vida era o choque que ela recebia ao saber que ninguém parava de jogar as peças só porque entre as peças estavam seus filhos.

No trecho destacado do romance, percebe-se como essa não-construção do afeto é geracional. A sogra fora criada assim, que, por consequência, criou assim Sethe, que, por consequência, criaria Denver de tal forma. Essa lógica da perda parece ser quebrada apenas em Amada, a menina que Sethe tentou matar para livrá-la da escravidão.

Ao ter a possibilidade de retornar, Morrison humaniza Amada e Sethe, dando a elas a possibilidade de construir seus afetos. O que acontece, contudo, é que não há uma página virada entre o que foi a escravidão e o que é a vida liberta, entre o que era ser escravo e o que é ser Humana. Como Paulino chama atenção na obra destacada no início desse ensaio, as estruturas permanecem. Todas as construções afetivas baseadas na perda são levadas e a relação entre Sethe e Amada passa a ser pautada pela dependência e desconfiança, levando ambas à loucura no final do romance.

Quando os atos de Sethe são descobertos por Paul D., ele passa a renegá-la, a relação que parecia ter um futuro e uma construção afetiva, acaba. Paul D passa a olhar para Sethe como seus senhores o olhavam, como um monstro que precisa ser reprimido. Um monstro do qual ele precisa se distanciar o mais rápido possível. Diante disso, o leitor inconscientemente é convidado a se questionar: Paul D deveria ficar ao lado de Sethe, mesmo que ela tenha cometido um ato de tamanha monstruosidade como matar uma criança?

Nesse caso, pode-se especular que Paul D introjetou todas as construções de desumanização nas quais foi criado. Ao experimentar lapsos de humanização com a liberdade, ele parece ser incapaz de refletir sobre todas as situações que podem ter levado Sethe a cometer tal ato. E passando por todas as violações físicas, mentais e estruturais, ele deveria ser obrigado a ter empatia com a situação de Sethe? A dualidade sim ou não é insuficiente.

Quando se pensa na situação do negro, há “uma uma condição de sofrimento para a qual não existe estratégia imaginável de reparação”, como já destacado. Logo, todas as respostas parecem girar em torno de novas perguntas que seguirão o caminho do questionamento inicial, afinal, são os escravos Humanos, ou não? A desumanização dá aos proprietários a licença para fazer com suas posses o que quiserem e, nesse sentido, se são tratados como objetos desde o seu nascimento, ou desde sua chegada ao novo continente, a análise acerca da maternidade e de suas relações afetivas deveriam também passar por esse crivo. Sethe, nesse caso, ao matar Amada, que retorna para a reconciliação, seria uma escrava matando a posse de um proprietário, uma mãe cruel matando uma filha ou uma não-Humana, que durante a fuga vê possibilidades de humanização, mas que logo é capturada e ao experimentar essas possibilidades de Humanização, experimenta então a maternidade. Logo em um ato de amor misericordioso com sua filha, a mata, para que ela não experimente nunca o sofrimento da escravidão e, portanto, a desumanização.

Para Hartmann, “a promiscuidade do arquivo gera uma ampla variedade de leituras, mas nenhuma que seja capaz de ressuscitar a garota” , nesse caso, o modo como esse texto é lido pode fazer com que se sinta na pele de qualquer um dos personagens representados, com que se sinta empatia ou ódio por qualquer um deles, mas em nenhum caso haverá algum tipo de redenção. A garota que ganhou o nome de Amada seguirá morta, Margaret Garner passará pelo crivo de julgamentos distintos enquanto sua história for lida e contada, mas o que fica no final é a brutalidade da escravidão. Por isso foi afirmado acima que apesar da possibilidade de redenção, o romance de Morrison não é capaz de entregar, pois nenhum tipo de narrativa seria capaz de gerar tal efeito.

Conclusão:

Voltando, portanto, à obra de Rosana Paulino, a história do escravo fotografado será contada apenas pela violência que atravessou a sua vida. É a única coisa que é possível saber. Todos os ciclos narrativos deverão passar necessariamente por ela, e ela, a violência, apenas, definirá o que o público sabe, ou não sobre esse sujeito. Como a obra diz, as estruturas permanecem. E esses ciclos de violência antinegra permanecem com ele. É possível observá-lo, por exemplo, em notícias diárias.

Pensemos em dois casos recentes, de George Floyd e Marielle Franco. A história de Floyd, um homem de meia idade cuja história ficou conhecida depois que circulou um vídeo de um policial enforcando-o até a morte. A acusação era de que ele teria tentado passar uma nota falsa. Acusação frágil, que levou à recente condenação do policial, Dereck Chauvin. Nesse caso, passar uma nota falsa, justificaria pressionar o seu pescoço até ele não poder respirar mais? Não, o que justifica é George Floyd ter sido um homem negro.

É possível, nesse caso, traçar um paralelo entre o caso de Floyd e o caso de Rodney King, analisado por Judith Butler. As questões levantadas por Butler sobre a recontextualização das imagens do espancamento de King pelos policiais são cruciais para entender o que leva um policial a se sentir à vontade para enforcar um homem até a morte enquanto está sendo gravado. Nesse sentido, conforme Butler analisa em seu artigo, a disposição da violência por parte dos policiais parte de uma inversão do que é visto. Ou seja, pensando em King, ao estar no chão sendo espancado pelos policiais, a paranoia branca motivada por uma estrutura racista, inverte o perigo. O corpo negro de King inspira perigo mesmo quando ele é vítima.

Em certo sentido, o problema é ainda pior: na medida em que há uma organização e disposição racista do visível, ela funcionará para circunscrever o que se qualifica como evidência visual, de tal modo que, em alguns casos, é impossível estabelecer a “verdade” da brutalidade racista por meio do recurso à evidência visual. Quando o visual está completamente esquematizado pelo racismo, a ‘evidência visual’ à qual nos referimos irá sempre e somente refutar as conclusões nela baseadas; é possível, no interior dessa episteme racista, que nenhuma pessoa negra possa recorrer ao visível enquanto terreno seguro de evidência. (…) O campo visual não é neutro à questão da raça; é ele mesmo uma formação racial, uma episteme hegemônica e persuasiva.

Pensando em George Floyd, poucos minutos após seu assasinato, os vídeos se multiplicaram pela internet. Milhões de pessoas pelo mundo ficaram sabendo de seu assassinato e da forma brutal como aconteceu. Milhares de marchas começaram a surgir a partir desse caso, em muitos casos de forma radicalizada. A imagem de uma delegacia de polícia queimada em Minneapolis inspirou diversos movimentos e marchas pelo mundo. A brutalidade e a perversão da violência que levou Floyd abriram feridas igualmente racistas em diversos países pelo mundo. Nesse sentido, Floyd serviu de inspiração para marchas antirracistas? Essa afirmação parece ser ainda mais brutal do que seu assassinato.

Na medida em que as imagens do assassinato se multiplicaram falava-se principalmente a respeito da violência, as justificativas se multiplicaram e os protestos foram ficando cada vez mais radicalizados. É brutal para Floyd e seus familiares ver a multiplicidade de vídeos em todos os lugares que reiteraram a violência pela qual passou. As manchetes e capas de jornais ao redor do mundo parecem não se dar conta de que compartilhar a violência não é uma denúncia, mas um fortalecimento das estruturas racistas. Floyd foi exposto a um tribunal internacional onde a evidência visual racista buscava não uma forma de condenar o policial, mas de justificar sua violência.

Enquanto o vídeo de dezessete segundos não fornece a evidência racista que justifique a violência, os supremacistas a buscaram nos protestos de indignação. O que se questionou não foram as estruturas escravistas que fizeram com que o policial se sentisse confortável para cometer um assassinato em público, mas a forma como as comunidades negras se radicalizaram para expor e transpirar as formas violências a qual sofrem históricamente. O compartilhamento do vídeo, funcionou muito menos como denúncia e muito mais como uma reiteração da violência sofrida. Ele traz aos sujeitos negros que o assistem uma estranha sensação de familiaridade com o caso, ao passo que o desconforto se dá pela construção do medo que, por sua vez, cumpre uma função de controle desses sujeitos.

No caso de Marielle Franco, a violência tem uma gramática ainda mais brutal, a da execução. Ao passo que Floyd foi vítima de um estrutura cotidiana de construção antinegra, na pessoa de um policial, Franco foi brutalmente executada por mais de uma centena de tiros. Vereadora com milhares de votos, Marielle se notabilizou por sua atuação na comunidade em que cresceu, especialmente por seu combate às milícias. Marielle era uma mulher negra e lésbica, atravessada por diversas opressões que dão à construção da evidência visual algumas questões ainda mais delicadas do que o caso de Floyd.

Assim que as notícias sobre seu assassinato percorreram o mundo, diversos grupos, nomeados de milícias digitais, começaram a ligar sua imagem à imagem da esposa de um traficante. Uma mentira. Mas ainda que fosse verdade, sua vida conjugal justificaria uma execução? À Marielle, a justificativa da violência racial acontece mobilizando não só atributos racistas, mas também sexistas. Por ser mulher, seu direito de viver é duplamente questionado. Mobilizando a concepção de Humano do afropessimismo, Marielle além de não ser Humana, é uma mulher.

Em ambos os casos, a forma de narrar essa violência, seja através do vídeo ou de notícias de jornais, parece esbarrar na necessidade de reiterar as violências sobre seus corpos. O arquivo da violência que esses corpos sofreram, fez com que eles, Floyd e Franco, se tornassem conhecidos, ou com que a violência se fizesse conhecida? Como construir uma narrativa que lhes faça justiça, se é que existe justiça para corpos negros?

Essas são questões que perpassam os questionamentos de Hartman sobre a escravidão, os questionamentos de Wilderson III no afropessimismo, os questionamentos de Morrison em Amada e perpassaram os questionamentos de quem for analisar as gramáticas das violências raciais enquanto se viver em um mundo racista. É preciso nesse caso, destruí-lo.

“Mesmo longe dos sacos de corpos

Mesmo sem coração crivado de tiros

Mesmo sem túmulo com a sua foto

Você aqui jaz no Necrotério dos Vivos”

(Eduardo Taddeo — Necrotério dos vivos)

Bibliografia:

BUTLER, Judith. Em perigo perigoso: racismo esquemático e paranóia branca, trad. Fabiana A. A. Jardim, Educação e Pesquisa, v. 46, 2020, p. 01–09

MORRISON, Toni. Amada, trad. José Rubens Siqueira, São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

__________. Narrar o outro. In: A origem dos Outros: seis ensaios sobre literatura e racismo, trad. Fernanda Abreu, São Paulo: Companhia das Letras, 2019, pp. 105–121

HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Dossiê Crise, Feminismo e Comunicação. v. 23, n. 3, 2020 pp., 12–33.

WILDERSON III, Frank. Para o Halloween lavei meu rosto. In: Afropessimismo, trad. Rogerio W. Galindo e Rosiane Correia de Freitas, São Paulo: Todavia, 2021, pp. 11–28

--

--

Gustavo Diniz

Estudante de Letras com dupla habilitação em Português e Alemão na Universidade de São Paulo. Apaixonado por literatura, futebol e política.